Vai Vem

A intervenção cerâmica – Vai Vem, Painel cinético – tem um lugar específico que será determinante: dois pequenos muros anexos e contíguos ao edifício do Ascensor da Bica.

Esses muros, de forma bastante, irregular contêm e evidenciam as entradas e saídas do eléctrico no edifício, num movimento contínuo de subida e descida.

A Intenção é  de acentuar o movimento do elevador através de signo da seta.

Nestes dois painéis, simétricos entre si, quis-se evidenciar esse movimento.

Nos painéis, que têm múltiplas visões devido à utilização do Azulejo Cinético, utilizam-se duas imagens distintas que irão apenas ser observadas em perspectiva, uma com setas no sentido descendente e outra ascendente. Conforme a localização do observador as duas imagens vão se mostrando, misturando e sobrepondo, até que a imagem frontal se converta em imagem abstracta. 

Nesta intervenção assistimos, mais uma vez, ao adaptar do azulejos a diferentes funções  como sempre o fez: em particular durante o século XX com letreiros e painéis publicitários e desde século XVIII com as placas toponímicas. 

Usando as cores branco e preto, também as cores da cidade de Lisboa e um signo como a seta, o azulejo adquire a função de sinalética aludindo, graças às suas características mutáveis, à sinalética digital, característica da nossa contemporaneidade.  

 

Local: Bica, Lisboa

Cliente: Câmara Municipal de Lisboa

Tratamento Plástico: Catarina Almada Negreiros e Rita Almada Negreiros

Integrado na requalificação da Bica, Teresa Nunes da Ponte - Arquitectura  

Colaboração: Sílvia Rocio

Área Revestida:  52m2

Data:  2013