Casa de Palmela
A parcela de 1/2ha confronta-se a nascente com um sobral e a poente com um olival. A sul contempla-se a Serra de S. Francisco.
A habitação de 126m2 parte da reinterpretação da tipologia em U. Após sucessivos estudos a tipologia foi-se deformando por condicionantes programáticas, exposição solar e relações visuais internas e externas, criando uma grande diversidade de espaços arquétipos, que fazem parte da memória da região.
O projecto circunscreve-se numa plataforma rectangular sobrelevada onde os diferentes espaços interiores definem e complementam os espaços exteriores: A entrada, coberta pela latada, a partir da qual se tem uma relação visual de transparência para sul que atravessa toda a casa. O impluvium em torno do qual se organiza a circulação. A fenda a nascente permite uma relação visual com o sobral. O pátio entre muros, reflecte a luz de sul para a sala através do seu muro branco a norte. Espaços cobertos de videira, com a sua folha caduca, prolongam o interior e optimizam as propriedades térmicas da casa. A sudoeste a composição é completada por uma estufa.
Uma estrutura metálica aparente suporta as lajes colaborantes, as paredes são brancas compostas de tijolo burro e dryvit, caixilharia em alumínio anodizado, latadas em cabos de aço inox e pavimento em Baldosa de São Pedro de Corval.
Local: Cabanas, Palmela, Portugal
Cliente: Francisco Miranda
Arquitectura: Pedro Rogado + Catarina Almada Negreiros
Colaboração: Hugo Formiga, Maria Pais de Sousa, Maria Marques, Liliana Esperança, David Diogo, Anna Leipolz
Estruturas: Ara - Engº Fernando Rodrigues
Paisagem: Cláudia Taborda, Sebastião Carmo-Pereira, João Gomes da Silva
Construção: Sociedade de Construções Gouviga, Lda.
Data: 2006
Fotografia: © Thorsten Hümpel